Acabou-se o que era doce

Existe uma expressão muito utilizada por aqui que define na íntegra o meu estado de espírito neste regresso de férias. "Onde vais?" Vou à festa! (aqui faz-se um sorriso largo)"..."De onde vens?" (com um ar triste) " Oh! A festa acabou por isso venho da festa!". Estive quase um mês na terra do meu melhor amigo, Finlãndia, e olhando para trás nem dei conta do tempo passar. Liberdade! Fui livre, senti-me um homem livre e jamais poderei resumir estas férias em apenas um post. Foi um curto mês, com tanto por contar, tanto por lembrar. Os primeiros dias foram loucos, conheci gente e mais gente! Saltei de bar em bar, de discoteca em discoteca, fiquei viciado no snooker graças ao Corona´s Bar. Tive como anfitreão esse amigo de longa data e como podem prever conheci mulheres diferentes todas as noites (mas nada como as portuguesas), as finlandesas são uma simpatia, mente aberta mas demasiado loucas para os meus gostos pessoais. O verão naquele país é incrível, festas por todo o lado, festivais de música por todos os cantos, vi ao vivo o vocalista da banda que é o delírio da M. Dez dias depois da minha chegada a "minha gente" juntou-se a nós. Confesso que até estava excitado de tantas saudades, afinal, eram os meus amigos de todos os dias e estava desejoso por partilhar todas as loucuras com eles. As minhas férias começaram realmente a partir do momento que saltamos para os braços uns dos outros. Dias e noites sem pregar olho e sem sentir um pingo de casaço sequer, queríamos aproveitar cada segundo naquele país maravilhoso. Ali não éramos doutores nem engenheiros apenas nós na nossa essencia, puros...claros. Em Turku conhecemos uma comunidade de brasileiros, aprendemos batucadas, forró e aprendi capoeira. A líbido naquele país nesta época do ano é descontrolada (segundo fonte fidedigna) e têm um fascínio assustador pelos estrangeiros(as), não fosse o nosso bom senso e as férias teriam sido ainda mais loucas do que foram. A sensatez dominou-nos a todos. Obviamente que trouxemos na bagagem números de telefone, endereços de email mas só...sensatez e inocencia. E a beleza daquele país? As fogueiras e mergulhos nocturnos? Tive emoções e momentos nestas férias que jamais esquecerei. O último dia foi mais silencioso, era o prenúncio da volta à realidade, a despedida dos amigos que fizemos...a díficil despedida com profunda tristeza desse meu "irmão" que após uma temporada cá ficaria definitivamente no seu país. Foi ele que nos levou ao aeroporto e no caminho olhei a paisagem e confesso que chorei pela "perda" presente desse meu amigo, não me importa que quem leia isto diga que é uma atitude apaneleirada. Quem tem verdadeiros amigos entenderá as minhas lágrimas. Quando olhei para o banco de trás vi que não era o único. A viagem foi calada e interiormente chorosa. Passaram quase 48 horas e a tristeza ainda impera no nosso meio. A realidade caíu sobre alguns de nós e é tempo de digerir tudo o que se passou nestas férias e sobretudo recordar, vale a pena recordar um mês inteiro de bons momentos.
Quanto a esse amigo, estará sempre presente dentro de mim assim como as suas palavras no último dia de estadia. A música que aqui toca é um recado para alguém com quem ele sempre se desencontrou e encontrou.
As meninas de serviço depois contarão as suas peripécias...
Amigo : " Veli, te leikkia sydamilla ta me tes eilen paivalla! "
Não tarda estaremos juntos porque quem se quer bem sempre se encontra como diz a M.

Das mil e tal fotos que tirei aqui vão algumas....

Eu de shorts brancos, amigo finlandes e suas primas

















Apenas uma das nossas fogueiras.












Um dos vários festivais de música