Confissoes dum gajo normal...

Existem conversas que nos fazem bem.Hoje pela manhã tive uma com uma amiga que me fez tirar esqueletos do armário, confessar algumas coisas que não tive coragem nem de confessar a mim proprio, fez-me reflectir.Tenho andando numa fase eufórica, de exaltação. Nessa conversa toda a minha excentricidade acalmou e fui o gajo sério e honesto que também sou quando o assunto é importante.Encontro-me consciente e ciente do que preciso, quero e após tanto tempo de espera se calhar até posso.Loucuras à parte, nos últimos anos tenho me dedicado a construir à minha volta uma abertura e bem estar financeiro. Desde que o meu pai faleceu que penso muito na minha mãe. Quando somos putos queremos é rambóia esquecendo assim um pouco as pessoas que nos deram vida. Hoje com 30 anos não sou um filhinho da mamã, o papel inverteu-se, a mamã é que parece minha filha.Sempre quis o seu bem estar, tentei preencher o vazio que ficou e orgulho-me sem falsas modéstias de não ter tocado sequer num centavo do que o meu pai deixou. É dela, fizeram por isso juntos em vida, tem o direito de no futuro ter uma velhice cómoda e despreocupada. Hoje conforme disse na tal conversa tenho tudo o que quero no campo material, mais do que a maior parte das pessoas neste país. Não tenho vergonha de o dizer, parece que hoje em dia ter algum dinheiro é vergonhoso pois podemos passar uma imagem de arrogantes ou que temos a mania. Pode não parecer mas sou um gajo paternal e luto pelo bem estar da família que um dia hei-de ter, sempre trabalhar e a pensar por antecipação. Falta-me a companheira, mulheres no círculo por onde ando "é mato", companheiras é que são uma raridade.O meu ideal de companheira é:

- Uma mulher que vá comigo ao Dragão e delire,cante, grite com o futebol.

- Que vá comigo jogar umas partidas de snooker aos sábados à tarde.

- Que vá comigo beber um copo ou dançar à 00.00 se assim nos apetecer.

- Que cante comigo Bruce Springsteen aos berros no carro.

- Uma mulher que me faça cócegas quando troçar dela.

- Que ande pela casa a cantar e a dançar enquanto faz as tarefas domésticas.

- Tenha um sentido de humor tão ou mais elevado do que o meu.

- Uma mulher que core quando veste saia e lhe digo que tem umas pernas bonitas.

- Que fique envergonhada e sem jeito quando lhe digo que está ou é bonita.

- Que seja minha cúmplice, me abrace com as minhas conquistas ou perdas.

- Que não seja elitista, muito menos goste de se vitimizar.

- Que goste duma boa conversa mesmo quando está zangada.

- Que desdenhe do meu aspecto físico com um sorriso maroto, que goste do homem que sou por dentro.

- Que confie em mim e no que digo, que me compreenda e não me julgue.

- Quero uma mulher que admire e respeite.

Acabei de descrever a mulher da minha vida. E não me venham dizer que não há mulheres assim pois eu sei que ela existe. Do outro lado da rua...